quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Precisando desabafar...

Olá, pessoas! Tudo bem?

Aqui não está. Olha, todo mundo está careca de saber que eu sou uma apaixonada pela atividade, que eu adoro as ovelhas (minhas e de terceiros... rs), que gerenciar e manejar esses bichos é minha paixão e minha vida. Mas tem dias em que as coisas fogem do controle, e começam a dar errado por fatores externos, sobre os quais você não tem poder nenhum de fazer nada. E esses dias são o pesadelo de todo produtor ou técnico.

Estamos numa fase dessas aqui no sítio. Parece que todos os bandidos da região resolveram querer comer cordeiro. Ou boi. Ou vaca. Ou porco. Ou qualquer outro animal que não seja deles. O sítio foi invadido nem sei mais quantas vezes nos últimos meses, e os ladrões só não levaram nada graças ao exército de cachorros e à espingarda do caseiro.

Na semana entre o Natal e o Ano Novo a coisa mudou um pouco, e pra pior. Quando o caseiro saiu com o trator para buscar palha de arroz para a cama das ovelhas entraram dois homens armados, (às 7:30 da manhã, plena luz do dia) renderam a esposa dele, que estava sozinha, botaram a arma na cabeça dela, fizeram ameaças, agrediram, roubaram objetos dela e do marido, e foram embora felizes da vida. Aquele pampeiro que vocês podem imaginar, e provavelmente já vivenciaram.
Depois vem aquela rotina com a qual eu já estou bem familiarizada, de delegacia, boletim de ocorrência, dizer os possíveis suspeitos, blablabla.

Dessa vez eu acabei no comando da PM, pedindo pra intensificarem as rondas na região do sítio, que é terrível no quesito assaltos. Comandante, policial, patrulha rural, soldado, dor de cabeça, telefonema, blablabla. A ronda agora entra no sítio, fica lá um pouco e tal. Mas eles têm folga. E os ladrões sabem. E os ladrões voltam. Entre o nosso sítio e o do vizinho, foram 3 invasões em 3 noites seguidas. Agora me diz: QUE MAIS EU POSSO FAZER????

Cachorros (que dessa vez tiveram o gostinho de sentar os dentes nos dois invasores), alarmes, gansos, espingarda, patrulhamento, atenção da PM inteira (acho que eu virei "a pentelha do Sítio Paraíso"... dane-se. vou continuar no pé deles até pegarem os infelizes.), iluminação... O que eu estou vendo é que se eu não encontrar um jeito de acabar com essa farra, vou perder o meu funcionário que não aguenta mais não dormir de noite. E se eu perder o meu funcionário... bem, amigos da Rede Globo... Aí a porca torce o rabo de vez. Não se acham dois dele por aí. Todo mundo tá cansado de saber que mão de obra pra ovinocultura é um gargalo fortíssimo, e o meu funcionário é exemplar.

E quando eu digo "eu tenho que achar uma solução", sou EU, mesmo. Ninguém faz absolutamente NADA, nem a polícia civil, nem os outros vizinhos que já foram roubados mil vezes. Sobrou pra eu carregar a vizinhança toda nas costas, mais uma vez. Cansada dessa palhaçada.

O negócio é visualizar que é uma fase, que vai passar, que eu vou resolver essa porcaria como já resolvi um monte de abacaxi. Só espero que o meu caseiro espere...

Posto aqui novidades assim que eu tiver...

Abraços,

Camila

Nenhum comentário:

Postar um comentário